Os trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo aceitaram a proposta de campanha salarial acordada entre o sindicato SMABC e a direção da fábrica, em reunião realizada na manhã do dia 19 de maio.

O acordo prevê reajuste salarial compensado integralmente pelo INPC; aumento de 38,9% no vale alimentação, dividido em duas parcelas até novembro; e a renovação de todas as cláusulas sociais. O acordo tem duração de um ano.

O presidente da Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, destacou a importância do acordo. “Com todas as dificuldades que estamos passando, foi possível colocar em votação uma proposta de data-base em que conseguimos compensar a perda da inflação e aumentar o benefício do vale-alimentação, um direito que conquistamos no último acordo“, disse.

O secretário-geral da FEM-CUT e Membro da Comissão de Fábrica na Mercedes, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, lembrou que haverá uma nova negociação com a empresa em 2024 e que a CUT está a trabalhar para melhorar as condições de forma a conseguir um melhor acordo … “Fizemos propostas ao governo e esperamos que a situação melhore em 2024 para que possamos avançar nas nossas reivindicações.” A reunião também decidiu sobre a taxa de negociação para os não-membros. “Já ultrapassámos uma etapa, mas as discussões e a nossa luta continuam. Seja um sindicalizado para fortalecer a luta“, convocou.

O coordenador da categoria da Mercedes, Sandro Vitoriano, ressaltou que o acordo foi um grande sucesso. “Em um momento tão delicado do mercado, foi uma grande vitória para os trabalhadores na Mercedes, 100% de reposição da inflação através do índice-INPC, um grande aumento real no vale alimentação e a renovação das cláusulas sociais. A unidade, o empenho e a mobilização dos trabalhadores foram fundamentais para esse sucesso.

Segundo o delegado sindical Amarildo Marques de Souza, os trabalhadores chegaram ao acordo através da união. “Nós, trabalhadores, devemos estar sempre mobilizados para enfrentar os desafios que existem nas relações entre capital e trabalho. Não podemos nos descuidar“, alertou. …

No início de abril, o construtor de veículos automóveis emitiu um comunicado para passar a produção para um turno durante dois a três meses, alegando excesso de mão de obra. Foram então decididas férias colectivas parciais e semanas de trabalho curtas. Devido à queda da produção, os trabalhadores também concordaram com os mecanismos negociados na assembleia para atravessar o período, com a aceitação de trabalho a tempo reduzido para 1200 trabalhadores durante dois a três meses. O regresso é garantido – também para os colegas recém-contratados (trabalhadores temporários).

O coordenador da representação da Mercedes, Sandro Vitoriano, explicou que os trabalhadores receberão 100% do seu salário líquido durante o período de folga e frequentarão um curso de formação.

MERCEDES-BENZ BRASIL Trabalhadores aceitam acordo sobre reajuste salarial

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