Quase exatamente dois anos depois que apoiadores do Ex-Presidente Trump invadiram o Capitólio em Washington em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do Ex-Presidente Bolsonaro, que também foi votado fora do cargo, invadiram edifícios do governo brasileiro em 8 de janeiro de 2023. Seu lema: “tomada de poder”.

Após ser eleito fora do cargo, o fascista Donald Trump não quis desistir sem lutar – nem os apoiadores de seu irmão em espírito e no cargo, o fascista brasileiro e ex-pára-quedista Jair Messias Bolsonaro. Este último foi derrotado nas eleições pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula, em 30 de outubro de 2022. Apenas alguns dias após a posse do novo presidente e antigo sindicalista, eleito por uma estreita maioria, fica claro que a polarização social do maior país da América do Sul não foi de forma alguma aliviada. Forças fortes do fascista Bolsonaro ainda estão prontas para tudo, mesmo que ele tenha partido para os EUA. Durante dias, eles têm chamado veementemente os militares a golpear, o que aparentemente não conseguiram fazer desta vez.

No domingo, centenas de “vândalos fascistas” (como o próprio Lula os chamou) invadiram primeiro o Congresso, depois a residência presidencial “Palácio do Planalto” e finalmente o STF. Todos os edifícios estão localizados na capital Brasília, na Praça dos Três Poderes. O método também foi o mesmo de Washington: milhares de apoiadores de Bolsonaro haviam protestado anteriormente no distrito governamental na tarde de domingo contra a posse do Presidente Lula. Foi a partir destes protestos que a tentativa de golpe teve origem.

O papel da polícia e das forças de segurança
Sabia-se que esta demonstração foi planejada e também que o slogan “tomada de poder” foi emitido para ela nas redes sociais. O Ministro da Justiça Flávio Dino havia ordenado a mobilização da Força Nacional de resposta “Força Nacional” para proteger os prédios do governo de 7 a 9 de janeiro, mas então apenas cerca de 100 desses soldados estavam no local. A própria polícia ofereceu pouca ou nenhuma resistência aos fascistas. Há até mesmo fotos circulando de policiais fazendo poses com os golpistas bolsonaristas.

O chefe de segurança era o ex-Ministro da Justiça Torres A responsabilidade direta pela segurança no terreno foi de Anderson Gustavo Torres – um ex-policial que foi nomeado Ministro da Justiça e Segurança Pública sob o comando de Bolsonaro. Ainda na tarde de domingo, o governador do distrito da capital, Ibaneis Rocha, o havia demitido. Enquanto isso, sua prisão foi ordenada por sua inação no domingo.

O governo Lula também culpa o governador Rocha pelos motins, porque ele não havia levado a sério a ameaça, apesar da inteligência. O Presidente Lula retirou o controle das forças de segurança em Brasília do governo do distrito da capital até 31 de janeiro. Por volta da meia-noite, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ordenou a suspensão do Governador Rocha com efeito imediato por 90 dias por enquanto e teve cerca de 100 ônibus confiscados – utilizados pelos partidários de Bolsonaro para chegar a Brasília.

Os fascistas se enfureciam por horas: foi apenas por volta das 17h, horário local, que a polícia retomou o controle da Praça dos Três Poderes, mas até as 19h os golpistas ainda estavam se agarrando a partes dos edifícios do governo e causando destruição maciça. Segundo informações, houve cerca de 300 prisões inicialmente.

O fugitivo Bolsonaro saqueou residência mesmo em dezembro Bolsonaro não reconheceu a eleição de seu sucessor no cargo, nem participou de sua posse. Em vez disso, no final de dezembro de 2022, na véspera do juramento de Lula, ele já havia embarcado num avião militar com destino à Flórida, onde está atualmente hospedado. Ele também mudou todo o seu pessoal para lá. Ele já havia vandalizado e saqueado a residência presidencial, levando móveis e obras de arte com ele.

De acordo com uma reportagem da revista brasileira Istoé, Bolsonaro está pressionando o governo italiano a lhe conceder a cidadania a fim de se mudar para lá e evitar a prisão. Seus filhos, Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador no Rio de Janeiro), também se candidataram à cidadania italiana. Vários sindicatos tomaram imediatamente uma posição contra a tentativa de golpe. Para hoje, 9.1.2023, eles estão convocando greves e manifestações em todo o país.

Não dêem um pé aos fascistas!

Bolsonaro atrás das grades! E todos os outros responsáveis pela violência, assassinos e os que estão por trás dela.

Fascistas bolsonaristas invadiram no Congresso, no Palácio Presidencial e no STF

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